sexta-feira, 11 de maio de 2012

Educar brincando

Os brinquedos são considerados importantes aliados no processo de aprendizagem das crianças. Através do brincar, podem-se desenvolver elementos fundamentais na formação da personalidade como aprendizado, experimentação de situações, organização de suas emoções, estimulação do sentido de coletividade, processamento de informações, construção de autonomia de ação, entre outros. Através de uma situação imaginária, a criança pode desenvolver sua criatividade e satisfazer suas necessidades. Além disso, é a melhor forma de se estimular todos os principais sentidos da criança, tais como: visão, audição, memorização, raciocínio e equilíbrio.

Nada como unir o útil ao agradável, e os brinquedos educativos fazem exatamente isso: divertem as crianças ao mesmo tempo em que educam. E o melhor, em geral, eles são mais simples e baratos que os brinquedos da moda, bastante utilizados no dia-a-dia, e estimulam o raciocínio da criança, sempre propondo desafios.

Desde bebês até 4 anos, as crianças buscam nas brincadeiras educativas uma forma de conhecer o mundo a sua volta, assimilar nomes, números, cores e formatos de modo que não pareça uma imposição de aprendizado. Os brinquedos de montar, por exemplo, aumentam o senso de direção, espaço, formatos, cores e de que, cada peça tem um lugar especifico, ou seja, trazendo isso para a vida é como explicar à criança que ela tem que respeitar “o espaço” de outras pessoas, não as provocando ou deixando-as “deslocadas”, melhorando assim seu comportamento.

Entre os 2 e os 6 anos, os jogos de construção e manipulação de objetos como puzzles, legos, plasticina e similares são os mais indicados, considerando até que uma casa de bonecas ou uma pista de carros pressupõe uma montagem. Estes jogos favorecem a atenção e a coordenação necessárias a futuras aprendizagens. A partir dos 6 anos, tendo em conta o fato de a criança se encontrar em idade escolar, devem ser oferecidos jogos de sequências, de ordenação e de categorização, como jogos de tabuleiro que abordam diferentes temáticas. Nesta idade não devem ser esquecidos os jogos de faz-de-conta como os fantoches, bonecas e miniaturas que estimulam a imitação dos pais.

A variedade de tipos de brinquedos educativos é enorme. Existem cubos, blocos coloridos, jogos de estratégia, marionetes, caleidoscópios, casinhas com materiais básicos, jogos para colorir, trapinhos em feltro, jogos para estimular a memória, jogos de raciocínio e brinquedos didáticos. As brincadeiras proporcionam diversão enquanto estimulam o aprendizado e o desenvolvimento da criança. As peças geralmente são coloridas, o que chama a atenção dos pequenos. Depois de uma certa faixa etária, surgem os jogos de tabuada, os jogos para aprender as vogais, o alfabeto e assim por diante. Importante que você analise a faixa indicativa de cada brinquedo e leia a descrição sobre quais estímulos cada um apresenta.

Os quebra-cabeças são importantes e contribuem para o desenvolvimento intelectual da criança, por ser um brinquedo organizado que requer desempenho. É um jogo de desafio que promove a motivação e facilita escolhas e decisões dos pequenos. Desenvolvem também a criatividade, pois exige que a fantasia entre em jogo. Os problemas e dificuldades que ocorrem montando o quebra-cabeça fazem a criança crescer através da procura por soluções ou alternativas. Ao mesmo tempo, isso favorece a concentração, a atenção e a imaginação infantil. A consequência dessa brincadeira é uma criança mais calma e mais relaxada.

As brincadeiras educativas podem ser feitas em diferentes ambientes, na escola, em casa ou em parques, por exemplo. Uma boa dica é curtir com a família, pois além de divertir e educar a criança, une a família em uma brincadeira prazerosa. Além de serem mais baratos que os eletrônicos, preferência das crianças de hoje em dia, os brinquedos educativos são mais artesanais e comprovadamente estimulam mais a criatividade, ao contrário dos brinquedos modernos, que fazem tudo sozinhos.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

De novo. E de novo, e de novo!



Ninguém na família agüenta mais A Bela Adormecida, Procurando Nemo e Monstros S.A.? De tanto que seu filho assistiu a esses filmes, até você já cantarola debaixo do chuveiro Salagatula, decorou os diálogos entre Dory e Marlin. Assistir ao mesmo filme quatro, cinco, seis ou até dez vezes pode parecer um tanto quanto cansativo aos adultos, mas para as crianças a partir dos 2 anos é essencial para o desenvolvimento emocional e intelectual. A repetição é um dos mais típicos comportamentos infantis, um mecanismo de aprendizado e de garantia de ligação afetiva com o mundo.

Repetir brincadeiras, ouvir a mesma história, a mesma música inúmeras vezes faz com que as crianças aprendam a identificar situações, momentos e também relações de causa e efeito. Essas experiências, chamadas reiterativas, é que os impulsionam a se aventurar em novos conhecimentos, pois, inconscientemente, educa-os a fazer previsões e criar expectativas. Além disso, a criança confirma informações, capta melhor o que já viu e reforça sua identificação com algum elemento do filme.

É esta identificação, principalmente, que determina quais brincadeiras ou histórias vão ser as preferidas. Só essas serão repetidas muitas vezes, e não todas as atividades do cotidiano. Os pais devem compreender e acolher essa necessidade infantil. Paciência, então, com as infindáveis repetições dos episódios de Hi-5, Save-Ums, Backyardgans ou Vila Sésamo.

A preferência infantil, porém, não significa o fim para novas experiências. Criança é bicho muito curioso e adora novidade, desde que seja bacana (como todo mundo, aliás). Os adultos podem oferecer novas experiências, situações diferentes e garantir ao filho a companhia e o apoio para se arriscarem. Mesmo que isso, às vezes, signifique contar outras dez vezes a nova história.

Fonte: Boletim Online CRESCER.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tchau, bicos!

Alimentar e confortar o bebê são os motivos pelos quais os pais lançam mão de dois acessórios que são alvo de muita polêmica. Estamos falando sobre as mamadeiras e as chupetas, que entre o primeiro e segundo ano de vida devem ser banidas do dia-a-dia da criança. Tratam-se de grandes desafios, mas os especialistas afirmam que os dois acessórios nessa fase da vida da criança já cumpriram o seu “papel” e, portanto, seu uso deve ser abolido. 


Como o trabalho pode ser grande, anote algumas dicas que podem ajudar:
– Para largar a mamadeira: comece a oferecer os líquidos em copos coloridos, desses que têm canudo e não derramam. Ofereça alimentos que não precisam de mamadeira, pois a partir dos 2 anos o uso dela pode começar a danificar o desenvolvimento da arcada dentária. Gritos e violência não funcionam com a grande parte da população, que dirá com uma minúscula criança de 1 ano e meio. Prefira sempre negociar (com essa minúscula criança de 1 ano e meio, e não subestime a capacidade de entendimento de quem tem um metro de altura). Por fim, diga a seu filho que ele já está grande e que deve entregar a mamadeira. Mas, se nada disso adiantar, simplesmente tire. Resista aos berros. Vale a pena, pois a mamadeira pode, por exemplo, causar cárie quando usada à noite e deformar a arcada dentária. Logo, não faz bem;
– Para deixar a chupeta: uma técnica interessante é cortar a pontinha do bico por dias seguidos. A chupeta deixará de ser gostosa e a criança tende a abandoná-la. Guarde a chupeta dentro de potes na geladeira para não ficar à mostra. Ela acaba sendo esquecida, e o uso costuma diminuir. Jogue os prendedores de chupeta fora, e evite dar o bico sempre que a criança chorar. E o mais importante: deseje mesmo que seu filho pare de usá-la. Nunca diga que ele não consegue. Negativismo dificulta o processo.

Fonte: Boletim Online CRESCER. Acesso em: <21.03.12>.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

QUERO TE VER!

Com saudades e dominando as teclas do telefone com a ajuda de um adulto, seu filho te liga enquanto você está no trabalho e diz “mamãe, volta pra casa” ou “você vai demorar?” Depois de ouvir essas frases, seu coração murcha. E você pensava que a fase mais difícil seria a volta da licença-maternidade!

Isso ocorre, pois a criança realmente está com saudades e quer vê-la logo. Sentimento muito comum entre 2 e 3 anos. Sentem falta do adulto que lhe dá segurança. Mas cuidado para não chorar ao telefone. Pode passar insegurança. Imagine você ouvir o seguinte discurso: “Mamãe vai trabalhar porque precisa, é legal, divertido, mas volto no final do dia”. E ao telefone você chorar depois de ouvir o lamento. É para se indagar: se é tão bom, porque ela chora? Nessa hora, respire fundo e tente parecer que está tranqüila para passar segurança à criança. Diga que no momento não pode ir, porque está trabalhando, mas que volta no fim do dia. Procure estabelecer um diálogo com ela, perguntando o que já fez, se comeu, brincou. Não pergunte se gosta de você ou se está sentindo a sua falta, porque pode desencadear uma fragilidade que ela está tentando superar. Se tiver vontade de chorar, deixe para fazer depois de desligar o telefone. Aos poucos, a criança se acostuma com a rotina.

O importante é que você conduza tudo com muita calma, mesmo com o coração amassado. Quando puder, saia mais cedo do trabalho ou vá almoçar em casa. E aproveite muito o tempo em que estiver junto dela.

Fonte: Boletim Online CRESCER.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pais, vocês estão preparados para seu filho entrar na escola?

Não pense que só a criança tem de se adaptar ao início da vida escolar. Os pais também precisam de um tempo para assimilar essa nova etapa

Manoel Marques / Produção Cinthia Pergola

Confie na escola

Parece óbvio, mas nem sempre acontece. É o primeiro passo para que a criança também se sinta segura no novo local. “É como se a mãe autorizasse alguém a cuidar do filho dela, e é nessa autorização que o processo de adaptação da família começa a dar certo”, afirma Liamara Montagner, coordenadora de educação infantil. Para que haja confiança, por sua vez, é importante que a escolha da escola tenha sido bem trabalhada. Quando é indicação de amigos ou familiares, fica fácil. Para quem não tem tais referências, esse vínculo se estabelece na medida em que os pais conhecem e se identificam com os princípios que norteiam o projeto pedagógico e a concepção de aprendizagem. E, naturalmente, precisam acreditar nesses valores éticos e morais estabelecidos pela escola.

Converse sempre com a equipe pedagógica
Não só as crianças, mas também os pais têm de ser assistidos no processo de adaptação. Esclarecendo dúvidas e conversando sobre eventuais incômodos, angústias e insatisfações com coordenadores e professores, os pais adquirem intimidade com a escola e se sentem mais confortáveis em relação a ela.

Aproveite a troca entre pais
O processo de adaptação é uma oportunidade de os pais se conhecerem, interagirem e compartilharem sentimentos. Nas conversas, descobrem que as crianças são muito semelhantes entre si e que eles, por sua vez, estão passando pelas mesmas angústias. Ao mesmo tempo, vão criando um vínculo no ambiente escolar. “Mães e pais que têm filhos mais velhos na escola exercem um papel importante nessa hora, pois passam segurança para os que estão sendo recebidos pela primeira vez”, diz a psicopedagoga Edimara de Lima, diretora de escola.

Lembre-se de que conquistas requerem esforços
“Existe uma tendência de os pais quererem superproteger os filhos, evitando ao máximo que sofram. Mas é importante lembrar que o ingresso na escola e as primeiras separações da mãe ou de casa fazem parte do processo de crescimento da criança”, afirma Paula Bacchi, orientadora de escola infantil. Ela acrescenta que os pais devem ter em mente que certas conquistas vêm acompanhadas de dificuldades. Representam também um amadurecimento da criança, e a escola é um excelente ambiente para isso acontecer.

Atente para o tom da separação
Despedidas dramáticas, duradouras e carregadas de emoção são um prato cheio para dificultar a entrada das crianças na escola. Independentemente do comportamento delas, os pais devem procurar dar um tom leve e até mesmo prático às despedidas. Duro, né? Mas é fundamental para que a criança perceba que não existe a opção de um choro segurar o pai ou a mãe na escola por mais tempo.

Preserve a rotina da criança em casa
Não é hora de mudanças de cama, de quarto, retirada de fraldas, chupeta, mamadeira e coisas do gênero.

Adapte-se aos horários e tenha assiduidade
“Nos primeiros dias, a pontualidade na hora de buscar é crucial. Um atraso pode deixar a criança insegura, com medo de que a mãe não volte, e dificultar a despedida e a permanência nos dias seguintes”, diz Edimara de Lima, diretora pedagógica. Mesma pontualidade no início do dia também para que a criança inicie as atividades com o grupo. Evite faltas, para que a criança se insira logo na rotina escolar.

Tenha cuidado com o que diz – e com o que não diz
Algumas armações, por mais inofensivas que possam parecer, costumam atrapalhar significativamente o processo de adaptação da criança. Na despedida, por exemplo, frases como “você vai ficar bem, não é?” ou “você não vai chorar, vai?” acabam sugerindo à criança que tenha comportamentos desse tipo. Criar expectativas exageradas, dizendo à criança que ela vai adorar, que a escola é maravilhosa, que as professoras são fantásticas etc., também pode ser prejudicial, pois pode gerar decepções para o pequeno. Por fim, nunca minta para seu filho (dizendo que vai para um lugar caso vá para outro) e, por mais que ele esteja brincando bem e tranqüilo, nunca vá embora sem se despedir. Isso quebra a relação de confiança com a mãe e pode gerar na criança o medo de ser abandonada naquele lugar estranho.

Choros são normais
O choro não significa que a criança não está gostando da escola. É uma maneira de ela dizer que é difícil se despedir da mãe. Paula Bacchi, diretora de colégio, acrescenta que é comum esse choro terminar assim que as mães viram as costas. Se o lamento se prolongar, vale investigar, claro. Ah, sim, tem muita mãe que também não agüenta as lágrimas. Mas tem de, pelo menos, não deixar a criança ver.

Não demonstre ter dúvidas
Comentários negativos em relação à escola nunca devem ser feitos diante delas. Se a criança perceber a insegurança da mãe, pode tomar o sentimento para si ou ainda se aproveitar da situação e recorrer a chantagens emocionais.

Tenha paciência
A maioria das crianças leva uma ou duas semanas para se adaptar à escola. Há algumas que levam dias e outras, meses. Isso não quer dizer que as de adaptação mais lenta vão gostar menos da escola. Significa apenas que precisam de um pouco mais de tempo. Resta respeitar o ritmo da criança.

Afaste-se por um tempo dos relacionamentos antigos
No caso de crianças que estão mudando de escola, convém, durante o período de adaptação, não incentivar o contato freqüente com amigos da escola antiga. Depois de a adaptação estar bem sucedida, o contato pode voltar a ser como era, mas, no início, é bom dar a chance para o pequeno receber o novo ambiente com certo afastamento da vivência anterior.

Sem culpas ou cobranças
Especialmente entre mães que colocam as crianças cedo na escola por motivos profissionais, a culpa é muito comum. “Mãe trabalhando em período integral é a realidade de muitas famílias, e a criança terá de conviver com isso. Não é um mal, mas um componente da família, que gera satisfação pessoal para a mãe ou, no mínimo, um aumento da renda familiar”, diz a psicopedagoga Edimara de Lima. Por isso, não é caso de se cobrar em relação às dificuldades próprias ou dos filhos.

Respeite as orientações
“É fundamental que os acompanhantes das crianças na adaptação atendam às solicitações passadas pelas professoras e pela coordenação da escola”, diz Liamara Montagner. E nos detalhes. Respeite a experiência da equipe no assunto.

Está tudo bem. Mas acabou?
Um belo dia, a criança chega feliz à escola, despede-se dos pais, fica bem durante todo o período e volta para casa lembrando as coisas boas vividas no dia. A adaptação está concluída? Talvez. É possível que seu filho, que ficou ótimo na primeira semana de aulas, apresente dificuldades na semana seguinte. Outra criança pode apresentar problemas dali a 15 dias ou um mês. Segundas-feiras, voltas de feriados e especialmente de férias também são momentos delicados, em que choros e reclamações nas despedidas podem voltar a aparecer. O importante, então, é os pais, como sempre, conversarem com a escola, que vai atentar também para eventuais jogos emocionais feitos pela criança. Satisfeitos com a escola escolhida, acreditem que é o lugar onde tudo acontece pelo bom desenvolvimento e bem-estar da criança.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Escola: uma decisão importante

Decidida a matricular seu filho na escola? Então, mãos à obra! O futuro começa agora e já é hora de decidir onde ele vai estudar. A questão é da maior importância e passa por uma série de aspectos, que a Revista CRESCER pesquisou cuidadosamente e lhe trouxe para facilitar a sua vida nessa difícil escolha.

A seleção deve começar pela linha pedagógica: você vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico ou optar por uma linha mais pragmática, em que o foco é o conteúdo voltado para o vestibular e o êxito profissional? Para conhecer cada uma das linhas existentes, questione nas escolas que visitar todas as suas curiosidades a respeito.

A seguir, verifique se o corpo docente é composto por profissionais especializados. A partir daí, procure conhecer alguns aspectos que são fundamentais para que seu filho comece da melhor forma possível uma relação que pode durar a vida toda:

– As portas têm de estar abertas aos pais: você tem o direito de falar com a diretora, a coordenadora, a professora e quem mais lhe interessar.
– O projeto pedagógico tem de ser claro: eles são os princípios que vão nortear todas as práticas na escola.
– Os professores têm de ser estimulados a ter uma formação contínua.
– O discurso da instituição não pode ser vazio, como “a escola prioriza a autonomia”.
– A brincadeira tem de ser dirigida. O espaço deve garantir a autonomia da criança na sala.
– O método de aprendizado tem de ser do seu gosto: lição de casa, materiais utilizados, trabalhos por temas, incentivo à leitura etc.
– Como são trabalhados os direitos e os deveres? E os limites?
– O espaço físico tem de ser iluminado, gostoso. Não pode ser apenas um quintal adaptado.
– O lanche oferecido por eles deve ser saudável, bem cuidado. Convém checar as instalações da cantina.
– A rotina escolar deve propor horários para se fazerem as coisas e demonstrar organização e bom aproveitamento do tempo.
– Os valores da escola têm de combinar com os seus. 


Fonte: Boletim CRESCER Online. Acesso em: <14.02.2012>.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Curiosidade a toda prova

Dotadas de uma capacidade de observação bastante aguçada, as crianças se sentem constantemente desafiadas a perguntar sobre curiosidades que surgem a partir dos estímulos que recebem no cotidiano. A partir dos 2 anos de idade, este interesse está voltado ao conhecimento da forma como os objetos vão parar em suas casas. Se voltam ainda para tentar decifrar o mundo ao seu redor e o grande mistério da vida: de onde eu vim? Por isso, nessa fase, que dura cerca de três anos, é comum ouvir perguntas como: foi a mamãe que deu essas sandálias para mim? E esse brinquedo? E a minha roupa? Para os especialistas, perguntando sobre os objetos que fazem parte de seu universo as crianças vão se situando no mundo e descobrindo sua origem. Além da origem, ao questionar quem deu as suas coisas e saber que foi uma tia, por exemplo, seu filho percebe como se formam as relações sociais, familiares e de amizade. Nota ainda que os pais não são os únicos a gostar dela. Aos adultos, só resta uma velha fórmula: boa vontade para responder às inúmeras perguntas. As respostas acalmam as crianças. Mostram que tudo, ou quase tudo, vem de algum lugar, inclusive ela. Essa curiosidade por quem deu pode coincidir com a dos intermináveis porquês, outro jeito de a criança entender o mundo e descobrir a própria origem (um mistério ainda não desvendado pelos inúmeros cientistas).


Fonte: Boletim CRESCER Online. Acesso em:<13.03.12>.